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Perfil da Fent Studios no Instagram. Foto: Reprodução |
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Fent Studios, como brechó. Foto: Reprodução |
Nos inúmeros campos que abarcam a economia criativa, a categoria moda e artesanato é a que reúne a maior quantidade de trabalhadores no Brasil. Isso porque, assim como Jéssica, trabalhar com a criatividade pode ser tanto uma saída para garantir maior autonomia financeira, quanto uma oportunidade de lucrar fazendo uma atividade de que se gosta, manifestando seu modo de fazer, sua imaginação, e os seus ideais.
“Sempre gostei de moda e achei que seria uma boa fazer a curadoria de peças. Fiquei mais ou menos um ano nisso e depois comecei a realizar peças upcycling, que é uma técnica de reutilização de peças já usadas e de segunda mão, recriando com o que foi descartado.”
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Do início: as peças upcycling. Foto: Reprodução |
Atualmente, as diversas cobranças devido a expansão dos ambientes digitais e em consequência, o aumento da competitividade, os desafios para manter-se no ramo são bastante acentuados, fazendo com que haja uma necessidade da promoção por meio das mídias sociais e transformando a forma como o trabalho criativo é distribuído, consumido e monetizado.
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Foto: Reprodução |
Mas ainda, ao perguntar para Jéssica qual a sua maior dificuldade com a marca, ela responde que “o principal desafio é dividir as tarefas de buscar estratégias para atingir uma presença digital e outras demandas que existem fora da internet.” É tanto que, apesar do irmão cuidar do administrativo da Fent Studios, Jéssica acumula funções na parte criativa da marca: tira as fotos, edita, e acaba desenvolvendo outras habilidades além da que ela precisaria ter – a de designer de moda.
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Foto: Reprodução |
Nesse sentido, é incrível visualizar como o gosto pela arte e o saber evoluem, levando a tantos caminhos na produção – da curadoria, à transformação de peças já existentes, à criação de roupas ainda mais únicas. E quando falamos sobre como a moda e artesanato se comportam no a economia criativa, podemos dizer que a inovação, aliada à visão empreendedora e aos valores do próprio empreendedor, emergem como alicerces fundamentais na construção da identidade de uma marca.
“Eu acho que uma das coisas que eu mais acredito em relação a moda é que não existe a necessidade de consumir todas as tendências e marcas famosas, para se reafirmar como uma pessoa com “estilo”. De fato, acho que nem acredito nessa ideia de ser “estilosa”, eu acho que a moda tem a possibilidade de comunicar muito mais. Mas também acho muito bacana sobre como a moda pode quebrar paradigmas e transformar.”
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Foto: Reprodução/Fent Studios |
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Foto: Reprodução/Fent Studios |
“O ponto da diversidade e igualdade racial não é algo que é um tema central das minhas criações, mas acho que perpassa esse tema quando as produções são majoritariamente com pessoas pretas. Acho que isso fala muito sobre a quebra de paradigmas e também de uma construção de autoestima. Eu, que acompanho há muito [tempo] o mundo da moda, percebo como esse universo ainda é restritivo."
Por: Ana Leticia Ribeiro
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