Segundo Gillespie, os algoritmos são "Agentes que desempenham um importante papel na definição do que é relevante". É através desse raciocínio que se entende a importância que o algoritmo tem nas redes sociais, principalmente no Instagram e no TikTok, desempenhando um papel crucial na determinação do que se tornará uma tendência no mundo da moda.
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Foto: Reprodução/Google |
Microtendências, como o "brazilcore", servem como exemplos claros de como o boom de consumo e conteúdo é fomentado pelos algoritmos das redes. No TikTok, a hashtag "#brazilcore" somou mais de 75 milhões de visualizações no período em que o consumo de produtos relacionados à estética brasileira estava em seu auge. Atrelado a isso, a venda e produção de coleções que se alinhassem com essa estética disparou. Não houve uma grande marca de roupas ou até ateliês de slow fashion que não tenha produzido peças alinhadas com as linhas dessa microtendência.
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Foto: ELLE Brasil/Pinterest |
O algoritmo pode ser tanto uma curadoria própria quanto fruto de uma curadoria que irá fomentar o comportamento do algoritmo. Portanto, o algoritmo precisa de tempo para poder entender e compreender determinadas preferências do usuário. No entanto, quando uma análise aprofundada realizada por Nínive Girardi sobre a moda na era do algoritmo conclui que algoritmos de redes como o TikTok operam menos por uma curadoria de hábitos de usuários e mais por uma massificação midiática no que distribui, surge o questionamento: O surgimento dessas tendências e microtendências é realmente algo natural e fomentado pelos consumidores de moda ou é proveniente de manipulações, ideologias e inclinações de consumo do interesse da plataforma associada?
Por: Isabela Reis
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